Ex-juiz bolsonarista pede ao Supremo Tribunal Militar a prisão de Moraes

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em 9 de dezembro de 2022

O ex-juiz do TJ-AP Wilson Koressawa entrou com notícia-crime contra o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Alexandre de Moraes

Ex-juiz bolsonarista pede ao Supremo Tribunal Militar a prisão de Moraes

O ex-juiz do TJ-AP Wilson Koressawa entrou com notícia-crime contra o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Alexandre de Moraes

O ex-desembargador do TJ-AP (Tribunal de Justiça do Estado do Amapá) Wilson Koressawa apresentou denúncia criminal pedindo a prisão preventiva do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ministro do STF, Alexandre de Moraes. A ação do ex-juiz bolsonarista deu entrada no STM (Tribunal Superior Militar).

Em janeiro, o Judiciário de Brasília reiterou a decisão pela qual Koressawa, que está inscrito como advogado atuante na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) na subseção de Taguatinga (DF), teve que apresentar um pedido de prisão do jornalista e editor-chefe do Jornal Nacional, William Bonner, por promover a vacinação contra a Covid-19.

Koressawa, que concorreu a deputado federal por Minas Gerais pelo PTB este ano e não conseguiu a vaga, entrou com a defesa criminal na Justiça Militar às 18h40, na última segunda-feira (05), segundo dados do relatório do órgão federal, via consulta processual no site da STM.

A representação aparece na plataforma do STM como em andamento e foi escolhida pelo ministro Artur Vidigal de Oliveira após sorteio da relatoria na segunda-feira.

Como parte da tramitação do caso, mais duas petições foram inseridas ontem, mas nenhuma está disponível para consulta.

Em seu perfil no Instagram, Koressawa escreve que também é ex-oficial de justiça do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) e procurador aposentado do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios). Ainda na rede social, o ex-candidato compartilha vídeos de atos antidemocráticos, contra urnas eletrônicas e usando um boné que diz Bolsonaro 2022.

O UOL está tentando contato com as assessorias do STF e do TSE. A nota será atualizada em caso de devolução.

Caso Willian Bonner. Koressawa pediu a detenção dos jornalistas por promoverem a vacinação obrigatória de crianças e adolescentes contra a Covid-19 e a exigência de um passe de saúde.

No momento da solicitação, ele alegou que o jornalista havia cometido os crimes de incitação ao suicídio, provocação de epidemia e envenenamento de água potável, alimentos ou substâncias medicinais destinadas ao consumo.

A juíza Gláucia Falsarella Pereira Foley, do Juizado Especial Criminal de Taguatinga, que foi a primeira a analisar o pedido do ex-juiz, destacou que o advogado reproduz teorias da conspiração sem qualquer lastro científico ou jurídico e despeja seu texto em um mero panfleto político.

Moção de impeachment de Moraes e Barroso. Em 2021, Koressawa encaminhou petição ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pedindo o impeachment de Moraes e Luís Roberto Barroso, que também eram ministros do STF e presidente do TSE à época.

No documento, o ex-juiz aponta que Moraes e Barroso descumpriram os deveres inerentes ao cargo e cometeram atos de improbidade administrativa, crimes de responsabilidade e crimes comuns que configuram flagrante delito inafiançável e devem ser afastados imediatamente do cargo para que possam ser investigados, processados ??e julgados.

O ministro Alexandre de Moraes atua como vítima, investigador, chefe da Polícia Federal, procurador e juiz, o que não deveria fazer, argumentou o ex-juiz, afirmando que o ministro não cumpre as normas internas do STF.

Quanto a Barroso, o ex-juiz argumenta que o ministro não poderia decidir sobre o uso exclusivo de urnas eletrônicas (sem impressão e apuração pública) por ser acusado de fraude.

Em 2021, um relatório técnico do TCU (Tribunal de Contas da União) analisando o sistema de votação eletrônica concluiu que as urnas são seguras e verificáveis ??e que a impressão do voto traria riscos e demandaria recursos atualmente indisponíveis na justiça eleitoral.

O pedido do ex-juiz foi encaminhado ao grupo de defesa do Parlamento para parecer em setembro de 2021, mas não teve andamento, segundo o site do Senado.

Fonte pesquisada: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/12/08/ex-juiz-prisao-moraes-stm.htm

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