A expansão do número de alunos cotistas é algo positivo, mas é fundamental garantir a qualidade do ensino. Essa é a chave para que eles possam crescer na carreira e alcançar ascensão social.
O principal ponto apresentado é o seguinte: o número de calouros cotistas nas universidades federais brasileiras caiu em 13% em relação ao ano anterior. Esse número de 108,6 mil cotistas é o menor desde a implantação do sistema de cotas, em 2012. Isso sugere que o acesso à educação superior tem se tornado mais inacessível para pessoas de baixa renda. É uma tendência preocupante e que merece mais atenção por parte das autoridades.
Claro! Há também algumas questões secundárias. Uma delas é que a maior parte desses cotistas (56%) se concentra em poucas universidades: a USP, a UnB e a UFMG. Outra é que há uma discrepância regional no acesso ao ensino superior: os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que já possuem níveis mais baixos de educação, têm menores taxas de ingresso de calouros cotistas. Isso reforça a desigualdade no país e precisa ser corrigido.
Outro ponto importante é o fato de que esse número de cotistas, embora tenha diminuído, ainda é maior do que os números de outras regiões do mundo. Então, embora há uma queda, ainda é preciso agir para manter e ampliar o acesso à educação superior. Também há uma preocupação com a qualidade do ensino. Se esses estudantes estão entrando nas universidades, mas não se formando ou não recebendo uma educação de qualidade, isso não vai resolver o problema.
É muito importante fazer um acompanhamento dos resultados dos alunos cotistas. Isso inclui a taxa de aprovação, a formação na área escolhida e a capacidade de ingressar no mercado de trabalho após a formação. Tem que haver uma estratégia de monitoramento para garantir que essas pessoas possam aproveitar plenamente o acesso ao ensino superior e obter benefícios dessa experiência. Não adianta ter mais alunos cotistas se a qualidade do ensino não estiver sendo garantida.
Basicamente, o aumento do número de alunos cotistas nos últimos anos foi uma vitória, mas não devemos parar por aí. É preciso garantir que esses alunos tenham acesso a um ensino de qualidade, com professores qualificados, infraestrutura adequada e material didático de qualidade. Isso é essencial para permitir que esses estudantes possam desenvolver sua carreira e garantir a ascensão social. Em suma: mais alunos cotistas é ótimo, mas qualidade também é fundamental.
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- https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/noticia/2023/10/23/numero-de-novos-cotistas-nas-universidades-federais-tem-a-maior-queda-em-dez-anos-aponta-inep.ghtml
- https://www.terra.com.br/noticias/inep-revela-reducao-de-13-no-numero-de-novos-cotistas-em-universidades-federais,09ba0f5cd0ddf75cdc841e604f69dc2fiazidtgt.html