Alma Gêmea estreia nesta segunda-feira (21) no catálogo do Globoplay. Originalmente exibida em 2005/2006, a novela, escrita por Walcyr Carrasco, faz uma abordagem lúdica do espiritismo ao contar a história de amor do botânico Rafael (Eduardo Moscovis) e da dançarina Luna (Liliana Castro).
Luna morre em um assalto orquestrado por Cristina (Flávia Alessandra), a governanta da casa que inveja o amor do casal.
Vinte anos depois, Luna reencarna como Serena (Priscila Fantin), filha de uma índia e de um garimpeiro e membro da tribo Kadiwéu.
Rafael, que passa anos amargurado com a morte da amada, acaba se apaixonando por Serena.
Para quem está com saudades da história de amor, o g1 relembra detalhes da trama e cita algumas curiosidades dos bastidores, com dados do Memória Globo.
Alma Gêmea foi realmente uma conquista extraordinária, acho que a maior da minha vida, disse Walcyr Carrasco em depoimento de 2007 ao Memória Globo.
Faz muito tempo que tenho essa ideia, a ideia de uma mulher renascer e voltar para o amor de sua vida. Mas nunca pensei que fosse uma novela, pensei que um dia escreveria um livro, lembra o autor.
Atribuo o sucesso da trama a algo muito especial: foi uma novela muito ética. A personagem de Serena, Priscila Fantin, foi extremamente ética, e acho que as pessoas gostam de ética sim, ressalta Walcyr.
O protagonista da novela, Eduardo Moscovis, só rendeu elogios ao autor na época da exibição.
Há muitas pessoas que fazem muito bem. Walcyr Carrasco é um desses casos. Walcyr conseguiu conduzir essa história de forma impressionante do começo ao fim.
PRISCILA FANTIN
Seis anos após a estreia da novela, Priscila Fantin ainda colhia os frutos de seu trabalho como Serena.
Ela é minha personagem favorita. Todo mundo que me encontra para dizer algo está falando sobre Serena. Lembro que foi uma revolução naquela época. Foi uma novela muito, muito popular. É uma história de vida, de reencarnação, disse a atriz.
Priscila conta que contou com a ajuda de uma antropóloga para compor a personagem.
A PRIMEIRA VILÃ DE FLÁVIA ALESSANDRA
Cristina foi a primeira vilã de Flávia Alessandra.
Chegou um momento da minha vida, da minha carreira, que eu falei: eu tenho que correr riscos, as pessoas têm que me ver de novo, de uma forma diferente, para entender o meu trabalho. E aí eu quis correr o risco de bancar a vilã, disse a atriz após o sucesso da novela.
Cristina era a figura dos sonhos. As pessoas lembraram e viram o trabalho da Flávia. Então para mim foi muito importante.
CURIOSIDADES
- As cenas de Serena (Priscila Fantin) na comunidade indígena foram filmadas em Bonito (Mato Grosso do Sul), Carrancas (Minas Gerais) e no bairro do Camorim (Zona Oeste do Rio de Janeiro).
- Em Bonito, a produção de cerca de 70 profissionais contou com a ajuda de bombeiros, militares e uma equipe de rapel para transportar os equipamentos.
- Ainda na região de Bonito, Priscila visitou a tribo Kadiwéu. Eu participei de um baile, conversei com a Memé, que era a pessoa mais velha da tribo, disse a atriz que foi batizada na tribo
- Priscila, que tingiu o cabelo de preto para a produção, teve que alisar o cabelo todos os dias, assim como o ator André Gonçalves
- A equipe de maquiagem lutou para caracterizar os nativos americanos. Para que a cor resistisse ao suor do tiro e do mergulho no rio, foi encomendada uma maquiagem especial à prova d’água.
- A cada dia, os atores e figurantes eram carimbados e depois tatuados, em um processo que levava em média 40 minutos
- Devido ao seu sucesso, a novela ganhou 25 capítulos a mais do que o planejado originalmente.